Piso passeios, subo escadas e meto-me em elevadores fitando o chão. Quando chego ao destino, levanto a cabeça, afasto o cabelo da cara e ostento um olhar perigoso, ao meu melhor estilo hollywoodiano.
Acho sempre que vais estar na esquina a sorrir-me.
Sunday, March 23
Wednesday, March 12
Inferno #210: A psicose.
Eras tu, eras mesmo tu. Como em tantas outras vezes, via-te e escondia-me. Fugia. E corria tão depressa... Mas não o suficiente: eras maior que eu e mais ágil. Acabavas por me alcançar. E depois era o surto. Via-te mesmo em frente a mim, a mudar de homem para lobo, a perder qualquer sanidade (pouca) que tivesses. A voz enrouquecia, os olhos enfureciam e espumavas.
Eu gritava, pedia ajuda, mas ninguém ouvia. Os gritos que conseguiam ultrapassar a boca eram condensados num guincho seco e curto. Estavas a enlouquecer, estavas mesmo a enlouquecer, e fazia-lo ao pé de mim, sem qualquer pudor, sem pensar na enorme confusão que és na minha cabeça.
Acordei alheada. Como de todas as vezes.
Como somos capazes de criar histórias paralelas às reais?
Eu gritava, pedia ajuda, mas ninguém ouvia. Os gritos que conseguiam ultrapassar a boca eram condensados num guincho seco e curto. Estavas a enlouquecer, estavas mesmo a enlouquecer, e fazia-lo ao pé de mim, sem qualquer pudor, sem pensar na enorme confusão que és na minha cabeça.
Acordei alheada. Como de todas as vezes.
Como somos capazes de criar histórias paralelas às reais?
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