I'm seating on your lap.
I'm seated on your lap, between the love of yesterday and the indifference of tomorrow.
Thursday, April 19
Wednesday, April 18
Inferno #150: O êeeenfase nas palavras.
Oiça, eu ouvi bem da primeira vez, não precisa de gritar e articular as palavras como se eu fosse surda. É que os surdos não ouvem...
Inferno #149: Ar de aparvalhada.
Se me encontrar a sorrir, com os olhos esbugalhados e fixos num ponto (que não se percebe bem onde é), saberá que estou em pleno transe, a fantasiar com alguém, não importa quem (são várias pessoas). Parece que regressei à adolescência povoada de borbulhas e de corações idiotas, mal desenhados à margem dos cadernos (bem dizem que a vida é um retorno eterno...).
Wednesday, April 11
Inferno #148: Pérolas da música - "Burbujas de Amor".
A música "Burbujas de Amor" de Juan Luis Guerra tem, descobri eu depois de uma longa e cirurgica pesquisa, uma das mais (como dizê-lo?) improváveis rimas. Falo daquela música que começa mais ou menos assim "Tengo un corazón [bla bla bla] ayayayayay".
Ora, a estrofe a que me refiro concretamente diz o seguinte (vejam se isto não é lírica pura...):
"Quisiera ser un pez
para tocar mi nariz
en tu pecera
y hacer burbujas de amor
por donde quiera
¡oh! pasar la noche en vela
mojado en ti".
Esqueçamos o facto de a letra ficar bastante mais poética quando traduzida para português (azar o do senhor, que era espanhol...). "Tocar mi nariz en tu pecera"!!?? Ao lado destas palavras, o coelhinho da playboy adquire quase o mesmo estatuto que As Aventuras do Coelhinho Azul (que é parecido às Aventuras de Anita, mas com um coelho [azul] e na floresta). Esta música é romanticamente cantada (e, sim, em espanhol) por cantores românticos em cruzeiros em alto mar (bastante adequado, já que fala de peixinhos) e eventos afins.
Está bem, 'pecera' é, na verdade, 'aquário', mas não me parece que o senhor (Don) Juan estivesse a pensar exactamente num aquário, pois não é dos mais próváveis (ou aconselháveis) sítios para passar o nariz...
Ora, a estrofe a que me refiro concretamente diz o seguinte (vejam se isto não é lírica pura...):
"Quisiera ser un pez
para tocar mi nariz
en tu pecera
y hacer burbujas de amor
por donde quiera
¡oh! pasar la noche en vela
mojado en ti".
Esqueçamos o facto de a letra ficar bastante mais poética quando traduzida para português (azar o do senhor, que era espanhol...). "Tocar mi nariz en tu pecera"!!?? Ao lado destas palavras, o coelhinho da playboy adquire quase o mesmo estatuto que As Aventuras do Coelhinho Azul (que é parecido às Aventuras de Anita, mas com um coelho [azul] e na floresta). Esta música é romanticamente cantada (e, sim, em espanhol) por cantores românticos em cruzeiros em alto mar (bastante adequado, já que fala de peixinhos) e eventos afins.
Está bem, 'pecera' é, na verdade, 'aquário', mas não me parece que o senhor (Don) Juan estivesse a pensar exactamente num aquário, pois não é dos mais próváveis (ou aconselháveis) sítios para passar o nariz...
Inferno #147: Leituras adiadas.
Eu e tu (sobre)vivemos através das palavras que não trocámos, mas pelas quais ardemos secretamente. É assim que, perversamente, mantemos a chama: a jogar ao gato e ao rato. Não sabemos muito bem como isto acaba (ou se acaba), mas vamo-nos divertindo nas entrelinhas, toda a gente sabe que as conclusões são para os maricas, e existirão sempre os finais em aberto.
Inferno #146: Dans Paris.
Já sei o que é falar e não encontrar as palavras que faltam.
Já beijei rostos desconhecidos em sonhos de erva.
Já subi à Torre. Já pensei que "vou voltar, mas não tão depressa".
Já falei com os olhos, com um desconhecido que não vou voltar a ver.
Já me disfarcei de coisas que ninguém sonha, para chegar à conclusão que não há nada que iguale a minha pele.
Já vivi num sítio que agora me parece um sonho. Mas é verdade, eu fui de lá (ainda sou parte dessas águas furtadas que vou levar sempre na memória).
Descobri que "não há nada como a nossa casa". Mesmo que a nossa casa esteja em tantos lugares e tantas pessoas...
Já beijei rostos desconhecidos em sonhos de erva.
Já subi à Torre. Já pensei que "vou voltar, mas não tão depressa".
Já falei com os olhos, com um desconhecido que não vou voltar a ver.
Já me disfarcei de coisas que ninguém sonha, para chegar à conclusão que não há nada que iguale a minha pele.
Já vivi num sítio que agora me parece um sonho. Mas é verdade, eu fui de lá (ainda sou parte dessas águas furtadas que vou levar sempre na memória).
Descobri que "não há nada como a nossa casa". Mesmo que a nossa casa esteja em tantos lugares e tantas pessoas...
Inferno #145: Cartas de rancor e do passado.
A um "ele"
Foste o lugar mais estranho do amor em que me sentei. Agora esgotaste-te. Ou esgotei-te, não sei...
Já não existes nas prateleiras do supermercado e eu já não sinto a tua falta, troquei-te por alguém mais confortável.
Sim, eras ardente, mas a tua chama durava pouco mais que o tempo de um olhar e um beijo.
Foste o lugar mais estranho do amor em que me sentei. Agora esgotaste-te. Ou esgotei-te, não sei...
Já não existes nas prateleiras do supermercado e eu já não sinto a tua falta, troquei-te por alguém mais confortável.
Sim, eras ardente, mas a tua chama durava pouco mais que o tempo de um olhar e um beijo.
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