Monday, March 27

Inferno #95: in black.

Hoje não amanheceu o dia inteiro, só para me lembrar que tu não existes.

Inferno #94: em claro.

O dia todo a suspirar por essa música, rogando para que ela saísse de uma vez das minhas entranhas e voasse livre até ti, para que pudesses saber por uns minutos como é ser eu a pensar em ti dias sobre dias, semanas sobre semanas...

Friday, March 24

Inferno #93: O problema eterno: o Tal homem que nunca mais chega...

"I'm Waiting For The Man

I'm waiting for my man
Twenty-six dollars in my hand
Up to Lexington, 125
Feel sick and dirty, more dead than alive
I'm waiting for my man

Hey, white boy, what you doin' uptown?
Hey, white boy, you chasin' our women around?
Oh pardon me sir, it's the furthest from my mind
I'm just lookin' for a dear, dear friend of mine

I'm waiting for my man
Here he comes, he's all dressed in black
Beat up shoes and a big straw hat
He's never early, he's always late

First thing you learn is you always gotta wait
I'm waiting for my man
Up to a Brownstone, up three flights of stairs

Everybody's pinned you, but nobody cares
He's got the works, gives you sweet taste
Ah then you gotta split because you got no time to waste

I'm waiting for my man
Baby don't you holler, darlin' don't you bawl and shout
I'm feeling good, you know
I'm gonna work it on out I'm feeling good,
I'm feeling oh so fine
Until tomorrow, but that's just some other time
I'm waiting for my man"

Velvet Underground

"Here Comes Your Man

outside there's a box car waiting
outside the family stew
out by the fire breathing
outside we wait 'til face turns blue

i know the nervous walking
i know the dirty beard hangs
out by the box car waiting
take me away to nowhere plains
there is a wait so long
here comes your man

big shake on the box car moving
big shake to the land that's falling down
is a wind makes a palm stop blowing
a big, big stone fall and break my crown
there is a wait so long
you'll never wait so long

here comes your man
there is a wait so long
you'll never wait so long
here comes your man."

Pixies

Monday, March 20

Inferno #92: sobrecarga de poder.

Qual é o objectivo de me sentir a gaja mais boa do mundo, se estou em casa, de pijama!?
Pintar as unhas de vermelho tem destas coisas...

Monday, March 13

Inferno #91: da doença no geral e da constipação em particular.

A constipação é a mais estúpida de todas as doenças, porque não é bem doença (ninguém leva a sério uma pessoa que diga estar doente com uma constipação), mas, na realidade, se a constipação não é doença então é o quê?
O grande problema da constipação, bem como de toda e qualquer doença, é deixar uma pessoa muito sensivelzinha, muito «não me toques que eu parto-me!». Quando se está constipado, muito facilmente se fica à beira das lágrimas com as maiores idiotices e insignificâncias (e o facto de o nariz arder não ajuda muito a inverter esta tendência).
No fundo, o problema da constipação é um problema de compensação (eis a minha teoria): a inexistência de sensibilidade olfactiva e gustativa é (estupidamente, sublinhe-se) compensada com um excesso de sensibilidade emocional. E assim, por entre fungos de madalena arrependida e o coçar do nariz a arder quase em carne viva, o indivíduo constipado exibe comportamentos que não se proporcionariam se estivesse na posse plena das suas faculdades, como costuma estar quando não se encontra constipado.

Sunday, March 12

Inferno #90: Clubismos, futebolismos, fanatismos, hooliganismos e outros pós-modernismos...

Comunicado aos senhores que, pertencendo fanaticamente (e refiro-me apenas aos fanáticos) a um clube de futebol, se consideram donos da bola, da verdade, do mundo em geral e de outras coisas que tais:

Enfiem a bola de futebol, o ponta de lança, o guarda-redes, o canto, o árbitro, a baliza, o plantel, o treinador e suas treinaretes (vulgo técnicos) no sítio que mais vos aprouver, mas deixem o resto da humanidade em paz que já ninguém vos suporta!


P.S.: Agora ficava mal escrever alguma coisa como 'e viva o _______ [preencher espaço em branco]', não ficava!?

Inferno #89: O fora de Portugal.

O problema de atravessar a fronteira, nem que seja só para ir ali a Badajoz, é reparar nas coisas que os outros países têm que nós não temos. O problema maior é quando são coisas que o País deveria mesmo ter, que está já há muito tempo à espera de ter ou que eu acho que devia ter.

Inferno #88: Indefinições.

Já disse como as odeio?
Sim, é verdade, o mundo não teria metade da graça que tem se não existissem austeros pontos de interrogação e imprevistos nas nossas vidas, mas uma pessoa (eu) descobrir que a sua vida é um perfeito livro em branco e ninguém sabe o que se escreverá no futuro não tem muita graça. Pior que a consciência de que a vida é um livro em branco, é a consciência de que ele se escreve, principalmente, consoante as escolhas feitas (e recuso-me, terminantemente, a ser a principal responsável pelas consequências das minhas escolhas - era o que mais faltava!).
Não é de levar um gajo à loucura!!??


P.S.: Nota para mim mesma: deixar de pensar, de todo, sobre o que quer que seja.