Friday, March 26

Purgatório #4: A ausência.

É inevitável esquecer-te. Com o tempo, vou deixando de ver a tua cara tão nitidamente. Os teus gestos começam a irritar-me e deixo de suportar ouvir-te sequer. É inevitável reparar nos teus defeitos e em todas as coisas pequeninas que me tiram do sério, mas que até há bem pouco tempo achava engraçadas. Vais deixando de fazer sentido para mim...
Ainda assim, são muitas as vezes em que tenho vontade de te pedir que esperes, porque chega a ser arrasadora a impressão de que vais mesmo esperar.
Foi um erro dar-te como adquirido, é um erro ainda maior continuar a pensar em ti.

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