Tuesday, January 6

Inferno #246: Sonhar que se voa.

Na verdade, detestava sonhar que voava. O problema não era o sonho, mas sim acordar no dia seguinte: a boca muito seca, o coração a caminhar acelerado, a terrível vertigem que a mantinha inerte, presa à cama, e a lágrima que sentia ao roçar com a cara no tecido húmido da almofada. Nessas raras manhãs, sentia a dor excepcional que é saber que não se é livre.

1 comment:

MaB said...

Que aproveite a liberdade de sonhar: essas asas ninguém nos tira!