Sou uma planta de algodão
Abanada pelo vento
numa tarde húmida.
Desfaço-me ao sentir as gotas
Cair na minha cabeça.
Perco a beleza, perco a virtude.
Perdi-me.
Friday, December 12
Inferno #242: dentista
à saída do dentista, na tarde mais cinzenta de que me lembro, pisava o passeio e era acompanhada pela minha cabeça, cortada, a rolar no chão
Inferno #241: Jogo de profissões.
Passámos muitos anos a olhar-nos nos olhos, a roçar narizes, a lamber lábios, a segredar histórias que eram já nem sei de quem.
Éramos psicanalistas, esquimós, gourmets, contadores de histórias. Podíamos ser tudo, porque éramos nós, e um validava toda e qualquer ideia do outro.
Agora repousamos numa curva de uma estrada secundária, onde nos perdemos porque acreditámos que éramos mesmo imunes a qualquer coisa...
Éramos psicanalistas, esquimós, gourmets, contadores de histórias. Podíamos ser tudo, porque éramos nós, e um validava toda e qualquer ideia do outro.
Agora repousamos numa curva de uma estrada secundária, onde nos perdemos porque acreditámos que éramos mesmo imunes a qualquer coisa...
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