Penso nele mesmo quando ele não está. Não sei o que é, sei o que não vai ser (nunca) e tenho medo, porque queria que fosse, mas não sei se posso fazer alguma coisa para que seja. Amo(-o) a ideia de o amar. Mas não o amo. Mas amo o que ele me transmite, mesmo que seja pouco (quase nada), e que me faça suspirar por toda a sua ausência. Porque essa ausência preenche-me o pensamento e assim já posso dormir. Mas não é isso ainda o que eu quero. Quero toda a sua imensidão de meio homem meio puto, quero o seu sorriso e a sua fala, lentamente desperdiçada em murmúrios ao meu ouvido. Quero-o inteiro. Só assim as músicas não me parecerão incompletas (e não há nada pior que a incompletude e o vazio de uma música…). Desejo-o. Quero que rasteje no meu chão e trepe pelas paredes do meu quarto só para que me possa beijar, para que possa sufocar-se nos meus cabelos (…).
[Agora podes morrer, o teu desejo não é o mesmo que o meu]
Friday, October 27
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2 comments:
Terrível quando os desejos se desencontram.
É uma verdadeira merda...
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